jfonseca
Veterano
Ficar sem ventilador no verão é dose.
Um ventilador Philco PVT400, bem silencioso, estava funcionando perfeitamente quando, do nada, pifou. Senti o cheiro do verniz de induzido e imaginei que já era.
Durante a pandemia só estou saindo para o estritamente obrigatório, então pra evitar uma visita à eletro decidi dar uma olhada no que aconteceu.
O multimetro analógico dava circuito aberto na tomada em qualquer das posições da chave comutadora.
Bom sinal! Pior seria se houvesse um caminho com resistência, indicaria um induzido com algumas espiras em curto (e um serviço que custaria mais que o ventilador novo).
Quando abri o aparelho, para minha surpresa, o estator estava melhor do que imaginava.

Só que não tinha condução da alimentação dessa chave comutadora para o estator. Aliás não consegui abrir essa chave para soltar os fios. Seria descartável depois que lacra a primeira vez?

Como disse, ter zero condução é ótimo sinal! Lembrou-me as fontes de alimentação das impressoras HP Deskjet dos anos 1990 que tinham um fusível térmico oculto no meio do induzido. Como cobravam caro por aquelas fontes!
Abri a gaiola do motor, tirei o rotor e quando fui desfazer o nó japonês na chegada do chicote, pra minha surpresa as abraçadeiras de nylon saíram no primeiro toque. Foram destruídas pelo calor. Mau sinal. Pegou bastante temperatura ali.

Porém o verniz do induzido não parecia carbonizado.

Alguma coisa impediu uma catastrofe maior ali, o que reforçava a suspeita de que encontraria um fusível térmico.
E não deu outra. No miolo das ligações lá estava o bicho.

Fusivel Termico AUPO A8-f 150° 2a 250v.

Sai a R$ 3 cada peça do AUPO A8 por aí. Tem dele em versão axial e radial.
Esse fusível não tem reset, dá circuito aberto e é fim de carreira.

Ao pesquisar o nome do componente encontrei vídeos falando disso no Youtube, tambérm com relação a ventiladores. Trata-se de um reparo bem comum pelo visto.
O mancal da gaiola não tem rolamento, esse é o principal problema desse ventilador pelo visto. Como pegou muito calor, parece ter escorrido alguma coisa pro rotor e pros mancais o que piorou mais ainda a fricção ali.

Visão aérea do reator de Chernobyl:

Aqui a limpeza é questão de usar o líquido mágico que tudo resolve : WD-40.

Esse ventilador tem menos de um ano de uso e já emperrou. Da falha mecânica decorre o problema elétrico, ele dissipa energia no induzido na forma de calor em vez de gastar calorias com a helice. Mas o ventilador novo custa R$ 140, não iam gastar R$ 70 com rolamentos.
Fiz um gato no lugar do fusível pra resolver o problema em tempos de pandemia. Depois (31 de Fevereiro) vejo isso com mais calma.
Então é isso por hoje, fica por aqui nosso reparo do amplificador de vento!
Chora pernilongos! Habemus ventilador kkkk!
Ver anexo chora_pernilongo.mp4
Um ventilador Philco PVT400, bem silencioso, estava funcionando perfeitamente quando, do nada, pifou. Senti o cheiro do verniz de induzido e imaginei que já era.
Durante a pandemia só estou saindo para o estritamente obrigatório, então pra evitar uma visita à eletro decidi dar uma olhada no que aconteceu.
O multimetro analógico dava circuito aberto na tomada em qualquer das posições da chave comutadora.
Bom sinal! Pior seria se houvesse um caminho com resistência, indicaria um induzido com algumas espiras em curto (e um serviço que custaria mais que o ventilador novo).
Quando abri o aparelho, para minha surpresa, o estator estava melhor do que imaginava.

Só que não tinha condução da alimentação dessa chave comutadora para o estator. Aliás não consegui abrir essa chave para soltar os fios. Seria descartável depois que lacra a primeira vez?

Como disse, ter zero condução é ótimo sinal! Lembrou-me as fontes de alimentação das impressoras HP Deskjet dos anos 1990 que tinham um fusível térmico oculto no meio do induzido. Como cobravam caro por aquelas fontes!
Abri a gaiola do motor, tirei o rotor e quando fui desfazer o nó japonês na chegada do chicote, pra minha surpresa as abraçadeiras de nylon saíram no primeiro toque. Foram destruídas pelo calor. Mau sinal. Pegou bastante temperatura ali.

Porém o verniz do induzido não parecia carbonizado.

Alguma coisa impediu uma catastrofe maior ali, o que reforçava a suspeita de que encontraria um fusível térmico.
E não deu outra. No miolo das ligações lá estava o bicho.

Fusivel Termico AUPO A8-f 150° 2a 250v.

Sai a R$ 3 cada peça do AUPO A8 por aí. Tem dele em versão axial e radial.
Esse fusível não tem reset, dá circuito aberto e é fim de carreira.

Ao pesquisar o nome do componente encontrei vídeos falando disso no Youtube, tambérm com relação a ventiladores. Trata-se de um reparo bem comum pelo visto.
O mancal da gaiola não tem rolamento, esse é o principal problema desse ventilador pelo visto. Como pegou muito calor, parece ter escorrido alguma coisa pro rotor e pros mancais o que piorou mais ainda a fricção ali.

Visão aérea do reator de Chernobyl:

Aqui a limpeza é questão de usar o líquido mágico que tudo resolve : WD-40.

Esse ventilador tem menos de um ano de uso e já emperrou. Da falha mecânica decorre o problema elétrico, ele dissipa energia no induzido na forma de calor em vez de gastar calorias com a helice. Mas o ventilador novo custa R$ 140, não iam gastar R$ 70 com rolamentos.
Fiz um gato no lugar do fusível pra resolver o problema em tempos de pandemia. Depois (31 de Fevereiro) vejo isso com mais calma.
Então é isso por hoje, fica por aqui nosso reparo do amplificador de vento!
Chora pernilongos! Habemus ventilador kkkk!
Ver anexo chora_pernilongo.mp4